Principais males que a poluição sonora provoca na saúde

Os perigos da exposição prolongada a altos níveis de barulho vão além do estresse e afetam diretamente a sua saúde

Os perigos da exposição prolongada a altos níveis de barulho vão além do estresse e afetam diretamente a sua saúde

Existe uma máxima que diz que qualquer coisa, em excesso, faz mal. Ela pode não ser usado em todas as situações, mas em relação à exposição ao barulho, o ditado não só se aplica como justifica os problemas de saúde ocasionados por ela. Todos os dias somos expostos a diversos tipos de ruídos como motores e buzinas de carros, construções, música alta e eletrodomésticos que acabam colocando a saúde em risco.

Além da intensidade máxima de som considerada segura para o ouvido (85 decibéis) que é facilmente alcançado em diferentes situações do nosso dia a dia, outro fator importante para o prejuízo que o barulho pode causar para a audição é o tempo de exposição. Sons de 85 a 90 dB, os quais são comuns, se tornam nocivos depois de oito horas de exposição.

O barulho do trânsito, por exemplo, é uma forma de poluição sonora considerável, mas, de uma forma geral, não causa tantas perdas auditivas, pois a exposição a esse tipo de barulho nem sempre é contínua e prolongada, a não ser para pessoas que têm uma realidade diferente como trabalhar na rua ou dirigindo veículos como ônibus, máquinas e caminhões.

Ficar exposto a barulhos externos ou internos freqüentes pode ocorrer em qualquer lugar, desde a sua casa e na rua, mas é no ambiente profissional que isso mais ocorre, como em indústrias……..

Quem fica submetido a barulhos intensos por muito tempo não demora a apresentar sintomas. Os primeiros a aparecer geralmente são os zumbidos, sensação de estar com os ouvidos tapados e ouvir sons abafados. As lesões auditivas que ocorrem progressivamente são muito difíceis de serem revertidas.

Mas muito mais do que isso, o barulho excessivo pode causar males e doenças muito piores mesmo com pouco tempo de exposição. Pesquisas mostram que o ruído acima do limite, além de problemas de audição, pode causar ansiedade, nervosismo, insônia, hipertensão e até mesmo impotência sexual.

Alterações do sono

O barulho começa a prejudicar o sono a partir de 30 decibéis, e, para se ter uma idéia da sua interferência, quando o som ultrapassa os 65 decibéis, 40% do tempo do sono profundo, responsável pela recuperação física, mental e psicológica é perdido. E as conseqüências de uma noite ruim, todos já conhecem, não é mesmo? Desatenção, sonolência e baixo rendimento são os companheiros do dia seguinte.

 

 

Perda da capacidade auditiva

Um dos primeiros sintomas é o zumbido nos ouvidos que, com o tempo pode afetar o indivíduo de outras formas além da dificuldade auditiva, causando distúrbios de atenção, ansiedade, insônia, depressão, baixo rendimento no trabalho ou escolar.

Outras exposições podem ser indicativas de riscos auditivos, como o uso constante de secadores de cabelo, fones de ouvido, assistir a shows, freqüentar casas noturnas e até mesmo academias, que fazem uso do som alto para estimular as aulas que exigem explosão de energia, como as aeróbicas.

Hipertensão

Até mesmo quando se está dormindo o excesso de ruído contribui para aumentar a pressão arterial. Barulhos vindos da rua, provocados por buzinas e motores de veículos e também de aeronaves, e até mesmo o ronco de alguém dormindo ao nosso lado, contribuem para situações de hipertensão.

Doenças cardiovasculares

De acordo com um estudo sobre as Doenças do Excesso de Ruído Ambiental da Organização Mundial da Saúde, milhares de pessoas acabam perdendo anos de vida saudável devido à exposição crônica ao barulho que são submetidas diariamente.

As doenças cardiovasculares estão entre as que mais se relacionam à exposição continuada à poluição sonora no trânsito, e causam 200 mil mortes por ano em todo o mundo. Mas como se explica essa relação?

O stress crônico originado pelos ruídos desencadeia a liberação de hormônios, como a epinefrina e o cortisol, que provocam complicações como a hipertensão, trombose e ataques e paradas cardíacas. Os riscos começam quando a exposição prolongada é a uma intensidade sonora de 50 decibéis, o equivalente aos ruídos de um restaurante cheio no almoço.

Pessoas que se submetem com freqüência a barulhos intensos não demoram a apresentar sintomas de problemas de saúde. Por isso o barulho é um mal que deve ser combatido em todas situações da nossa vida, seja em casa, na rua, na escola, no trabalho e até no lazer.